A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, realizou a primeira Despesca Experimental do Plano de Manejo de Pirarucu, no período de 03 a 31 de outubro. A ação faz parte do Programa de Monitoramento e Apoio à Atividade Pesqueira, desenvolvido pela empresa, e foi realizada na região de lagos de Corte de Mercedes, localizado às margens do rio Mamoré em Guajará-Mirim. Entre os objetivos, estão a promoção e o incentivo de desenvolvimento para a região.
O plano de manejo contempla os pescadores profissionais artesanais da Colônia Z-2 de Guajará-Mirim. Até então, a atividade de pesca do pirarucu nativo (Arapaima gigas) era proibida, a liberação para os pescadores da área de influência da Usina Jirau está amparada na Lei nº 3.568, de 10 de junho de 2015. E a aprovação do manejo foi realizada com base nos estudos realizados desde 2013 pela Arcadis Logos S.A., contratada para a execução do Suprograma de Apoio à Atividade Pesqueira do empreendimento hidrelétrico.
De acordo com o gerente de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Veríssimo Neto, para a realização da atividade, a empresa se empenhou em conseguir junto à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental, Ministério de Pesca e Aquicultura e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, as devidas autorizações para que o Plano de Manejo fosse possível. “A região de Corte de Mercedes tem um valor muito importante para a conservação e sustentabilidade pesqueira. Isso é um grande avanço, que deverá servir de base para a regulamentação da pesca do pirarucu em Rondônia”, destaca.
A primeira despesca experimental contou com a presença de equipes técnicas de órgãos ambientais, pescadores da Colônia Z-2, ESBR e do consultor técnico Marcelo Crossa, que possui vasta experiência na área de Dinâmica Populacional e Manejo Adaptativo da Região Amazônica. Ainda participaram, pescadores do município de Manoel Urbano, do Acre, pois o estado é referência nesse tipo de atividade.
O pirarucu tem tamanho mínimo de 1,50m, a carne é salgada, seca e embalada para a comercialização no próprio município de Guajará Mirim. O grupo de pescadores envolvido no Manejo do Pirarucu foi autorizado a capturar até 250 unidades, conforme previsto na Autorização de Despesca (Autorização Especial N° 01/2015).