A Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau realizou no domingo (21) o teste de black start, que é o desligamento de todas as unidades geradoras da Usina, simulando um apagão e a sua recomposição sem o auxílio de uma fonte de energia externa. Esse teste é feito uma vez por ano e esta foi a sétima vez desde que a Usina entrou em operação plena. O resultado foi um sucesso e restabeleceu 24 turbinas (Unidades Geradoras – UGs) em apenas meia hora.
O Gerente de Operação da UHE Jirau, Marcelo Fonseca, afirma que é importante a realização periódica dos testes para assegurar a capacidade de autorrestabelecimento da Usina. “Como um apagão real é um evento que tem grande impacto e baixa probabilidade de acontecer, a realização dos testes traz experiência e conhecimento para as equipes de Operação em Tempo Real, que estarão preparadas para eventos dessa natureza, além de permitir identificar, prevenir e sanar falhas no processo e nos equipamentos pelas equipes de Operação, Manutenção e Engenharia”, explica Marcelo Fonseca.
Sobre o sucesso alcançado em mais um teste de black start, o Coordenador de Operação da UHE Jirau, Filipe Ribeiro, exalta a expertise do time técnico da Usina e conta que o teste já era o maior do Brasil nos anos anteriores devido à exigência de recomposição de 13 Unidades Geradoras (UGs), considerando somente a Casa de Força da Margem Esquerda (22 UGs). “Este ano o teste foi realizado com toda a Usina (50 UGs) e a meta era sincronizar 24 UGs. Sendo assim, o teste se tornou muito maior que os anteriores e um sucesso absoluto ao sincronizar 24 UGs em 30 minutos. Este resultado demonstra a competência da equipe que executa”, ressalta Filipe Ribeiro.
O teste começa com o acionamento do gerador a diesel, que leva a carga inicial para dar a partida na primeira unidade geradora. Após essa parte, o barramento é alimentado, as demais unidades geradoras necessárias para o teste são recompostas e a tensão é levada até a Subestação Isolada a Gás, localizada dentro das casas de força da própria UHE Jirau.
A Usina Jirau é uma das hidrelétricas que se enquadram no chamado restabelecimento fluente, isto é, se por alguma causa ocorrer o seu desligamento, a Usina tem autonomia para fazer o restabelecimento dos seus sistemas e voltar a enviar tensão à Subestação Coletora Porto Velho. A partir daí, é preciso que o Operador Nacional do Sistema Elétrico coordene o restabelecimento de todo o sistema brasileiro.