O 2º Workshop do projeto “Biomarcadores de toxicidade do mercúrio aplicados ao setor hidrelétrico na região Amazônica”, foi realizado no Instituto de Biociências de Botucatu na Universidade Estadual Paulista – IB/UNESP, em Botucatu (SP) no mês de junho. O projeto é regulamento pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e executado no âmbito do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau (PD-6631-0001/2012).
As atividades contaram com a participação de pesquisadores e estudantes de diferentes áreas do conhecimento, possibilitando uma ampla discussão científica. O projeto congrega uma rede de pesquisadores, entre professores, auxiliares técnicos e pós-graduandos da Universidade de Brasília (UnB), Instituto de Química de Araraquara – Universidade Estadual Paulista (IQ/UNESP), Instituto de Biociências de Botucatu – Universidade Estadual Paulista (IB/UNESP), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/Goiás) e da empresa Venturo Análises Ambientais.
De acordo com o gerente do projeto, Augusto Borges, que representou a ESBR no evento, o workshop acontece anualmente e tem como objetivo reunir pesquisadores e alunos das diferentes instituições de pesquisas. “Quando acontece o encontro, divulgamos nossas ações e participamos de muitas discussões dos trabalhos em desenvolvimento, possibilitando a troca de experiências e aperfeiçoando os conhecimentos”, ressaltou.
Os principais eixos temáticos do projeto abordados durante o encontro foram: aspectos ambientais, metalômica, ictiofauna e leite materno. O projeto busca a identificação de biomarcadores da toxicidade do mercúrio associados a metaloproteínas, contribuindo na elucidação dos aspectos fisiológicos e funcionais responsáveis pelo transporte de mercúrio na biota e nos seres humanos, auxiliando no esclarecimento dos complexos processos de bioacumulação e biomagnificação nos diferentes elos da cadeia trófica.
De acordo com o engenheiro de P&D da ESBR, Iuri Gadelha Ferreira, as pesquisas foram iniciadas em abril de 2013 e têm a duração de 48 meses. “Até o momento, já foram produzidas quatro teses de doutorado, três dissertações de mestrado e a publicação de três artigos em revistas científicas de renome internacional. Os resultados são bastante promissores e estão incentivando os estudos”, afirma.