18/04/2017

ESBR conclui projeto inovador de Pesquisa e Desenvolvimento sobre mercúrio na Região Amazônica

A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, localizada no Rio Madeira em Porto Velho, Rondônia, juntamente com a Fundação Universidade de Brasília (UnB) e demais entidades parceiras, a saber: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual Paulista (IQ-Ar–UNESP), Fundação de Apoio à Ciência, Tecnologia e Educação (FACTE) e Venturo Análises Ambientais, concluíram o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) intitulado “Biomarcadores de Toxicidade do Mercúrio Aplicados ao Setor Hidrelétrico na Região Amazônica” – (PD-6631-0001/2012), iniciado em abril de 2013.
O objetivo do Projeto foi desenvolver e validar as metodologias para biomarcadores da toxicidade do mercúrio utilizando metaloproteínas associadas ao mercúrio, os quais poderão ser aplicáveis a programas robustos de monitoramento de reservatórios na Região Amazônica ou servir de referência para aplicabilidade em quaisquer outros, respaldando tecnicamente a real magnitude dos impactos socioambientais.
Estruturado em três diferentes eixos temáticos: 1 – Aspectos ambientais; 2 – Metalômica e ictiofauna; e 3 – Metalômica e leite materno, o Projeto também contribuiu para o êxito acadêmico em oito teses de doutorado, seis dissertações de mestrado, além de vários artigos científicos e seminários, nacionais e internacionais.
Segundo o Gerente de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Veríssimo Neto, a conclusão deste P&D é um marco para empresa por ser o primeiro projeto e pioneiro em metaloproteínas associadas ao mercúrio na região. “Havia informações equivocadas sobre o mercúrio na Amazônia. Os resultados relevantes neste P&D trazem inúmeras oportunidades para a continuidade da pesquisa científica, inclusive o monitoramento através de biomarcadores que podem ser aplicados em outras regiões do país”, informou Veríssimo.
O consultor da ESBR, Édio Luz, ressalta a parceria e oportunidade da integração entre a academia e o setor produtivo. “Esses estudos normalmente ficam restritos aos órgãos de licenciamento e não são utilizados pela comunidade científica. A ESBR entende que deve sempre associar o ganho do monitoramento ao conhecimento científico, integrando as universidades aos projetos”, ressaltou Édio Luz. O professor Dr. Fabricio Zara, coordenador da equipe, considera a expansão hidrelétrica na Amazônia uma abertura de oportunidade para a comunidade acadêmica.
“Projetos de P&D e inovação tecnológica são extremamente importantes porque aproximam a universidade do setor produtivo, elucidam e auxiliam o setor produtivo para que novas conquistas sejam alcançadas e paradigmas sejam quebrados com respaldos técnicos que favorecem a sociedade”, destacou Zara.
Segundo o Gerente do Projeto, Augusto Borges, o investimento para realização do Projeto foi em torno de R$ 4,7 milhões durante os quatro anos de execução. “A aplicação nos trouxe resultados em trabalhos científicos, mestrados, doutorados e ênfase à formação de recursos humanos em congressos, tanto no Brasil quanto no exterior, expectativa superior a que prevíamos”, destacou Borges.
A Engenheira Gizele Silva, do Setor de Pesquisa & Desenvolvimento da ESBR, destacou as obrigações legais onde a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) preconiza que as distribuidoras, transmissoras e geradoras invistam um percentual de sua Receita Operacional Líquida (ROL) em Pesquisa e Desenvolvimento. “A força propulsora da ESBR em P&D é transformar os resultados das pesquisas em inovação tecnológica. Isso representa um enorme desafio. A ESBR cumpre este papel, funciona como uma engrenagem na qual todos saem ganhando, a sociedade, o setor elétrico e a empresa. O Brasil é um país em desenvolvimento, existem carências, uma série de lacunas que precisam ser preenchidas, para que o resultado da pesquisa saia da prateleira. Não para ser apenas um livro, uma publicação, mas que ofereça um resultado prático ao investimento, um retorno para a sociedade”, afirmou Gizele Silva.
Workshop de encerramento do projeto – No início do mês de março, a ESBR e a UnB realizaram evento institucional no salão de atos da reitoria da Universidade, em Brasília, que marcou o encerramento do Projeto “Biomarcadores de Toxicidade do Mercúrio Aplicados ao Setor Hidrelétrico na Região Amazônica”. A mesa de abertura do workshop de encerramento do Projeto contou com a participação da reitora da UnB, Márcia Abrahão; do Diretor do Campus UnB/Planaltina, Marcelo Bizerril; do representante da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética (SPE) da ANEEL, Fábio Stacke; do Gerente de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Veríssimo Neto; do Coordenador da Equipe do Projeto, professor Dr. Fabricio Zara e do Gerente do Projeto, Augusto Borges.

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