Com o intuito de manter um relacionamento próximo e transparente com a comunidade pesqueira que atua na área de influência da Usina Hidrelétrica Jirau, a equipe da Energia Sustentável do Brasil (ESBR) proporcionou aos grupos de pescadores das localidades de Iata, Guajará Mirim, Nova Mamoré, Fortaleza do Abunã, Abunã e Nova Mutum Paraná, uma visita ao empreendimento, nos dias 10 e 12 deste mês.
Ao chegar à Usina Jirau, os pescadores foram recepcionados pela coordenadora de Socioeconomia da ESBR, Juliana Silva e pelo coordenador de Meio Físico e Biótico, Michel Obara. Na oportunidade, os visitantes assistiram a um vídeo e apresentação institucionais, com informações e curiosidades da Hidrelétrica, bem como dos programas socioambientais desenvolvidos.
A visita também contou com a participação das equipes técnicas da Arcadis Logos S/A e Systema Naturae Consultoria Ambiental LTDA., responsáveis pela execução do Programa de Monitoramento e Apoio à Atividade Pesqueira. De acordo com Atielli Oliveira, coordenadora de campo da Arcadis Logos S/A, no âmbito do Subprograma de Apoio à Atividade Pesqueira, a oportunidade dada aos pescadores contribuiu com o esclarecimento de dúvidas. “A comunidade pesqueira tem o interesse em estar bem informada sobre os trabalhos da Usina. Essa interface física entre empreendimento e pescadores é muito importante, uma vez que a interface social já existe. As informações passadas também nos servirão como auxílio para explicação em campo”, relata.
Os visitantes conheceram a sala de controle, passaram pelo vertedouro principal e de troncos, almoçaram no refeitório da Usina e foram a um dos locais mais esperados, o sistema de transposição de peixes (STP), onde os animais são capturados, passam por uma triagem e biometria – separação, medição, pesagem e identificação das espécies, para serem transportados a montante do rio Madeira. No STP, os pescadores acompanharam de perto todo o processo de transposição. Um dos objetivos do sistema, é garantir a manutenção das populações de peixes a montante da Usina.
Para Francisco Bento, pescador de Abunã há mais de 40 anos, conhecer a Usina Jirau significa adquirir conhecimento. “Confesso que já esperava ver uma estrutura de grande porte como essa, em virtude da extensão do lago. Mas o que mais me chamou a atenção foi a segurança ser muito bem aplicada. Os técnicos fornecem informações e ainda existe todo um acompanhamento. Isso é muito bom”, avalia.
A presidente da Colônia de Pescadores Z2 de Guajará Mirim, Gerônima da Costa, também afirma ser de suma importância a ida dos pescadores à Usina Jirau, uma vez que todos tiveram a oportunidade de obter esclarecimentos sobre o funcionamento da Usina. “Fiquei muito impressionada com o tamanho da obra. Tudo que nos foi passado é válido”, declara.
O gerente de Meio Ambiente e Socioeconomia da ESBR, Veríssimo Neto, explica que a visita dos pescadores contribuiu não somente com a absorção de informações, mas também com maior aproximação entre empreendimento e comunidade pesqueira. “Os pescadores fazem parte do cenário da UHE Jirau. E é extremamente importante esses grupos verificarem in loco, as atividades desenvolvidas em função do meio ambiente”, destaca.