A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau, está desenvolvendo, no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL PD 06631-0005/2017), um projeto para estudar o mosquito Mansonia. O mesmo tem a finalidade de desenvolver uma metodologia para o monitoramento da dinâmica comportamental de Mansonia spp. e sua relevância no aproveitamento hidrelétrico na Amazônia, que poderá contribuir e auxiliar o poder público na elaboração de um protocolo específico para o mosquito. Durante uma semana, empregados da ESBR participaram da campanha de sensibilização intitulada “Pesquisa Mansonia e Você”, onde receberam informações sobre o projeto.
O projeto terá duração de três anos e conta com a participação da Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Universidade Federal do Acre (UFAC), Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (FIOCRUZ-RJ), Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia (IPEPATRO), Instituto Evandro Chagas (IEC) e Oikos Consultoria e Projetos.
De acordo com o planejamento da equipe de sensibilização, no mês de setembro haverá, nas áreas de abrangência do Projeto, apresentações para os agentes de saúde, bem como serão realizadas exposições em escolas e associações. “Queremos informar à comunidade quais são os objetivos e as atividades que nós estamos realizando”, explica Fábio Costa, pesquisador e biólogo da Oikos Consultoria e Projetos.
O pesquisador ressalta que o envolvimento da comunidade na pesquisa é fundamental para o sucesso do projeto. “A comunidade pode ajudar no sentido de receber os pesquisadores que estão visitando as residências, para que eles consigam instalar as armadilhas, fazerem coletas, realizarem análises e levantamentos necessários para o sucesso do projeto”, diz Fábio.
A pesquisa aumentará o conhecimento sobre o mosquito Mansonia, que existe na Amazônia há cerca de 140 milhões de anos. Segundo Fábio Costa, há poucos estudos sobre este tipo de mosquito, pois não há registros científicos que eles transmitam qualquer tipo de doença no Brasil, e geralmente as pesquisas são direcionadas para os mosquitos transmissores de enfermidades. “Estas informações que a gente está levantando com o projeto poderão auxiliar as comunidades, trabalhadores, assim como para o setor hidrelétrico como um todo”, ressalta.
O Gerente de Engenharia e Planejamento da ESBR, Luís Fea Barbosa, salienta que os envolvidos nos estudos são pesquisadores de renome. “Não tenho dúvida nenhuma que eles irão obter informações que possam auxiliar o poder público na elaboração de um protocolo adequado para reduzir significativamente o Mansonia. Este apoio e iniciativa da ESBR foi fundamental. Como sempre, ESBR vem contribuindo para evolução, melhoria, conforto, e bem-estar da população”, fala.
Para o Gerente de Operação da ESBR, Carlos Alberto Cardoso, o investimento que a Companhia está fazendo visa contribuir na melhoria da qualidade de vida de toda a população da região. “O resultado da pesquisa interessa a todos, então toda a comunidade será beneficiada”, salienta.