A ONG Operação Sorriso, uma das maiores organizações médicas voluntárias do mundo, retorna a Porto Velho para realizar a 6ª missão, com apoio da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau. Os atendimentos estão sendo realizados de 2 a 7 de dezembro no Hospital Santa Marcelina para operar, gratuitamente, crianças e adultos carentes com deformidades faciais, em especial, lábio leporino e fenda palatina. A previsão é que sejam realizadas 55 cirurgias este ano.
A Usina Jirau é uma das empresas parceiras da ONG nas ações em Porto Velho desde 2018, sendo sua maior patrocinadora nessas ações com investimento na ordem de R$ 2,7 milhões, com recursos do Subcrédito Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, garantindo a continuidade das missões até 2020.
A Coordenadora de Socioeconomia da UHE Jirau, Juliana Oliveira, afirma que maior do que o investimento financeiro, é vivenciar a satisfação daqueles que mais precisam. “Essa é a terceira missão apoiada pela Usina Jirau e a satisfação é muito grande, pois é um investimento social que melhora a qualidade de vida das famílias beneficiadas”, destaca Juliana.
O Hospital Santa Marcelina, local escolhido para os atendimentos da missão, foi inaugurado em 1954, ainda no antigo Território Federal do Guaporé, hoje Rondônia. É referência no atendimento de 25 especialidades médicas às comunidades carentes de Rondônia, Acre, Sul do Amazonas e parte da Bolívia, com ampla estrutura e equipamentos. A Enfermeira Maria José Micheletti, coordenadora local da ONG Operação Sorriso e do Núcleo de Fissurados de Rondônia (NUFIS), comemora os resultados já registrados pelas missões em Porto Velho. “Desde o primeiro programa em Porto Velho, em 2014, foram realizadas 5.247 consultas, atendidas 583 pessoas e realizados 327 procedimentos cirúrgicos. Na última missão em 2018, 58 pessoas foram operadas com o apoio da UHE Jirau, e isso nos deixa realizados”, comemora a enfermeira.
Durante a missão, a Operação Sorriso conta com uma equipe multidisciplinar de mais de 60 voluntários, incluindo pediatras, cirurgiões plásticos, anestesistas, odontólogos, psicólogos, enfermeiros e outros especialistas, que se doam durante a missão para levar sorrisos a diversas pessoas.
O primeiro momento da operação foi a triagem de pacientes, que ocorreu no dia 2 de dezembro, identificando, atendendo e direcionando os atendimentos, inclusive fornecendo transporte e alimentação sem custo aos pacientes e familiares que moram distante do hospital.
Foram atendidos na triagem 105 pacientes, como Francisco Santos, que viajou mais de 400 km, da região de Lábrea até Porto Velho e trouxe os seus dois filhos, Fabiano Souza, de 13 anos e Antônio Carlos, de 12, que precisam fazer a cirurgia de lábio leporino. “Vencemos a distância, graças a Deus estamos aqui e agora é só aguardar a cirurgia. Tenho fé que vai dar tudo certo”, acredita Santos.
De acordo com o Diretor Executivo da Operação Sorriso Brasil, Charles Rosenburst, sem o apoio da Usina Jirau, a missão em Porto Velho não seria possível. “É muito gratificante quando a gente acha que está sozinho e acaba encontrando inúmeros parceiros que se mobilizam e se emocionam junto conosco. Tenho certeza de que o movimento que a Usina Jirau fez de nos apoiar está sendo muito bem recebido por todas essas pessoas atendidas aqui”, afirma Charles.