A partir deste mês, parte do material impresso produzido pela Usina Hidrelétrica Jirau ganha nova identidade visual: a utilização de quatro mascotes criadas por crianças que residem na área de influência direta e indireta do empreendimento. Jirauzinho, Dado, Luz e Florisbela são personagens da Turminha da Usina Jirau, criados à mão livre pelos estudantes da comunidade e que vão colaborar com a divulgação do material do Programa de Educação Ambiental da UHE Jirau.
Os personagens foram apresentados para a comunidade na quarta-feira, 19, num evento realizado na escola Nossa Senhora de Nazaré, em Mutum-Paraná. O evento mobilizou as nove escolas que participaram do concurso. As crianças vencedoras ganharam bicicletas e quadros emoldurados com os desenhos. Suas escolas receberam um moderno computador equipado com impressora.
De acordo com Cirlene Furini, coordenadora de Educação Ambiental da UHE Jirau, o concurso durou cerca de dois meses e contou com a parceria das secretarias de Educação municipal e estadual. “Foi muito gratificante envolver as crianças neste trabalho. O resultado foi surpreendente”, comemora. Segundo Cirlene, os personagens serão usados em revistas em quadrinhos e informativos com mensagens socioambientais de interesse da comunidade.
Não somente os desenhos, mas o nome sugerido por cada criança e a história dos personagens realmente chamaram a atenção no concurso. Marcelo Vicente de Moura, 14, estudante da escola Olympia Salvatore criou a mascote Jirauzinho, um macaquinho. Ele explicou que onde mora, em Imbaúba, existem muitos macacos, sua fonte de inspiração. “Achei que o nome combinava com a Usina Jirau, porque macaco tem muita energia”, explicou o menino.
Jackeline Gomes da Silva, 13, estuda na escola Marechal Rondon, em Abunã criou o personagem Florisbela. “Ela ganhou esse nome porque a flor é bela”, resume. A função de Florisbela, segundo a menina é proteger árvores, flores e rios.
O personagem Luz, um vagalume que também ganhou vida na Turminha de Jirau é de autoria de José Weverton Soares, de 10 anos. “Eu vi um vagalume piscando, achei bonito e decidi desenhar”, conta. Ele estuda na escola Joaquim Vicente Rondon, em Jaci-Paraná.
O autor do personagem Dado – um boto cor de rosa que representa os rios, na Turma – é Luiz Henrique Rodrigues da Silva, 11 anos, estudante da escola Barão do Rio Branco. “Eu queria desenhar um boto mesmo. No início não sabia, mas insisti bastante até conseguir. Gosto de boto porque em Fortaleza do Abunã têm muitos”, afirma.
Escolas
Professores e diretores aprovaram a iniciativa da Usina Hidrelétrica Jirau. Francisca Neiba é diretora da escola Joaquim Vicente Rondon, em Jaci-Paraná, uma das escolas que ganharam computador com impressora. Ela afirma que o equipamento vai atender a uma antiga reivindicação dos educadores. “Praticamente não tínhamos computador na escola. Temos um, mas está tão ultrapassado que não dá mais para usar”, conta. “Fiquei muito feliz com o resultado do concurso, tanto pelo nosso aluno quanto pela escola porque nossos professores enfrentavam dificuldades para trabalhar. Rodávamos as provas em mimeógrafos e isso era desgastante. Prometi e agora vamos usar o computador para atender nossos professores e alunos”, garante.