Professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidad Mayor de San Simón, localizada em Cochabamba na Bolívia, conheceram a Usina Hidrelétrica Jirau no dia 28 de janeiro, bem como os programas socioambientais desenvolvidos pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR). Formado por educadores de diversas áreas do conhecimento, o grupo integra o programa de doutorado que estuda o Desenvolvimento Energético. “Exatamente por isso, essa experiência é muito valiosa”, disse o coordenador José Omar Arzabe Maure, Doutor em Ciências Químicas.
Segundo José Omar Maure, o objetivo da visita foi alcançar conhecimento em uma área ainda pouco explorada na Bolívia, a energia renovável. Apesar do grande potencial hidráulico (40.000 MW), o país vizinho utiliza mais termoelétricas. “Viemos observar a estrutura que envolve a construção de uma hidrelétrica em todos os aspectos, positivos e negativos. A partir daí, traçar estudos que possibilitem a implantação de projetos semelhantes e que promovam o desenvolvimento energético na Bolívia”.
O tema “Meio Ambiente” despertou a curiosidade dos pesquisadores, também preocupados em minimizar os impactos ambientais, caso seja concretizado o projeto do Aproveitamento Hidrelétrico Ribeirão (binacional – entre Guajará Mirim no Brasil e Riberalta na Bolívia). Pois, de acordo com os pesquisadores da UFRJ, o foco da visita técnica a Jirau, está no projeto de integração Bolívia-Brasil.
O professor brasileiro de Economia Rubens Rosental, integrante do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), da UFRJ, salientou que o GESEL tem desenvolvido trabalhos conjuntos com o Programa de Doutorado em Energia e Desenvolvimento da Bolívia, incentivando a cooperação energética entre os dois países. “A ideia é que eles, formadores de opinião, voltem cientes do potencial que pode ser explorado, com responsabilidade socioambiental, assim como está sendo feito em Jirau. É sensacional o que vimos aqui”, destacou o professor.
Durante a visita, o grupo conheceu a Sala de Controle, as duas Casas de Força, área de montagem das turbinas, Vertedouro, Vertedouro de Troncos e um dos Sistemas de Transposição de Peixes. E também esteve em Nova Mutum Paraná, onde constatou toda a infraestrutura construída pela ESBR para receber os moradores da antiga vila, localizada na área de influência direta do reservatório da Usina, bem como os empregados da UHE Jirau. O grupo ainda conheceu o Centro Cultural, onde encontra-se o material arqueológico resgatado na região pelo Programa de Prospecção e Salvamento do Patrimônio Arqueológico, executado pela empresa.