O Especialista Internacional na Área de Sedimentos, Sultan Alam, veio novamente ao Brasil, mais especificamente a Rondônia, para avaliar in loco as condições hidrossedimentológicas do Rio Madeira e as questões operacionais da Usina Hidrelétrica Jirau. O pesquisador, que estava acompanhado do consultor da empresa Estratégia e Inovação Socioambiental Ltda. (EISA), Antônio Luiz Abreu Jorge, chegou no dia 30 de maio e permaneceu uma semana no empreendimento. Sultan Alam se reuniu com representantes da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da UHE Jirau, sendo: o Diretor de Operação Isac Teixeira, o Gerente de Hidrologia Pedro Trindade, o Engenheiro Especialista em Hidrologia Osmair Ferreira e a Assessora Técnica da Presidência, Thais Soares.
Segundo a Assessora Técnica da Presidência da ESBR, Thais Soares, Sultan Alam acompanha a implantação da Usina Jirau desde 2009 e realiza visitas periódicas ao empreendimento. “Acompanhei todas as visitas do especialista. Foram fundamentais para trazer melhorias na operação da Usina”, afirma. Já o Engenheiro Especialista em Hidrologia da empresa, Osmair Ferreira, explica que o pesquisador também participou da construção e execução de testes no modelo reduzido da Usina, implantado no Instituto Sogreah, na França. “O estudo levou a um reposicionamento das estruturas de forma a garantir o fluxo de sedimentos e troncos, evitando acúmulo de material nas proximidades do barramento”, esclarece.
Devido às características do Rio Madeira, que está entre os rios com maiores cargas de sedimentos do mundo, antes da implantação da UHE Jirau, foi desenvolvido um estudo prévio muito robusto sobre o comportamento hidrossedimentológico do Madeira. O Gerente de Hidrologia da ESBR, Pedro Trindade, ressalta que com base nos resultados, ficou comprovada a viabilidade da construção da Usina. Atualmente, a empresa monitora as vazões líquidas e descargas sólidas em todo o reservatório e nos principais afluentes.
“Monitoramos também o leito do rio para verificar a ocorrência de acúmulo de sedimentos. Os resultados têm demonstrado que os processos hidrossedimentológicos estão ocorrendo conforme previsto nos estudos prévios que viabilizaram a construção, não havendo assoreamentos e erosões de grande magnitude”, destaca Trindade.
O pesquisador Sultan Alam, 87 anos, mora na França e poderia realizar o seu trabalho apenas analisando os documentos que são enviados a ele, mas faz questão de vir ao local do empreendimento para inspecionar tudo de perto. Visitou as duas casas de força, o vertedouro, a sala de controle, o sistema descarregador de troncos, enfim, todas as estruturas da Usina Hidrelétrica Jirau. Além disso, navegou no Rio Madeira para analisar o comportamento hidrossedimentológico, indo até Abunã, no final do reservatório da Usina.